Dia 29 de maio
TERÇA- FEIRA das 19:00 as 21:00hs
Neste encontro o trabalho estará focado na integração das forças masculina e feminina no fluxo dos nossos movimentos de vida.
O Mito Africano de Oxumaré será nossa inspiração
Oxumaré
Orixá ligado ao movimento das águas entre terra e céu ( seus
elementos são água e terra), está relacionado à alternância entre os opostos
que gera a vida em seu movimento ondulante e contínuo: dia e noite, sol e
chuva, bem e mal, etc (LISANTY,2008, apud BERNARDO,2009)
A escolha de trazer pela primeira vez um mito africano para
nosso trabalho tem a finalidade de expandir
nossa visão para além dos desafios do feminino e vislumbrar o humano no seu todo.
Por isso também um Orixá masculino, apesar
de Oxumaré ser considerado masculino e feminino,
por passar seis meses do ano como
arco-íris (forma masculina) e outros seis meses como serpente ( forma feminina)
. Outra representação que traz o símbolo de sua mobilidade, na qual podemos
relacionar como a nossa forma de agir no mundo.
A mitologia africana particularmente me encanta pela sua
característica de integrar em suas histórias o divino e o humano a partir de
questões aparentemente densas, como a inveja, a raiva, o abandono, a vaidade
... que nos mitos aparecem como grandes pontes de superação assim como é na
realidade humana. Especialmente, neste
sentido, Oxumaré é um orixá que supera a pobreza e a servidão, tornando-se um grande curador. Ele traz a riqueza em diversos
aspectos.
“Oxumaré é a mobilidade e a atividade. Uma de suas
obrigações é a de dirigir as forças que produzem o movimento. Ele é o senhor de
tudo o que é alongado (...) Ele é o símbolo da continuidade e da permanência e
, algumas vezes, é representado por uma serpente que se enrosca e morde a
própria cauda. Enrola-se em volta da terra para impedi-la de se desagregar. Se
perdesse as forças, isso seria o fim do mundo...” (VERGER,1981,P.206, Apud BERNARDO,2009)
A relação com a Essência de Gabriel 52 - Coroa Carmin - que traz a virtude da beleza a partir da plenitude, também nos possibilita ativar esta via de cura. "Ser pleno. Viver a unidade da dualidade que é compreender que esta vivência começa em si mesmo. Criar a própria vida de plenitude em si para poder estendê-la ao outro" (MIRALLES, 2011,pg173)
Bibliografia
BERNARDO, P. Patrícia – A prática da Arteterapia –
correlações entre temas e recursos – vol III Mitologia Africana e Arteterapia.
SP, 2009. Ed pela autora
MIRALLES, T. - Essências de Gabriel - Manual do Terapeuta 2a edição, Jardins de Cura2011